Thursday, December 28, 2006
Wednesday, December 20, 2006
Lá lá lá lá lá lá!!!!
Estava aqui em casa e fiquei com saudades de ouvir Heróis do Mar! Em especial a maravilhosa melodia "Só gosto de ti"! Oh que saudades!
"Sentado no cais
a ver ao longe o mar
e a ponte sobre o tejo...
se tudo é tao bonito
é por causa de ti
e deste meu desejo..."
Depois vêm as lembranças das minhas tentativas frustantes de, juntamente com a Ana Maria e a Carmencita, fazermos uma espécie de serenata aos presentes naquele bar do Bairro Alto tentando cantá-la, quando apenas sabiamos o refrão! (e outras que não vou referir!)
"Só gosto de ti
porquê não sei
mas estou bem assim
e tu também!
Lá lá lá lá lá!!!"
"Sentado no cais
a ver ao longe o mar
e a ponte sobre o tejo...
se tudo é tao bonito
é por causa de ti
e deste meu desejo..."
Depois vêm as lembranças das minhas tentativas frustantes de, juntamente com a Ana Maria e a Carmencita, fazermos uma espécie de serenata aos presentes naquele bar do Bairro Alto tentando cantá-la, quando apenas sabiamos o refrão! (e outras que não vou referir!)
"Só gosto de ti
porquê não sei
mas estou bem assim
e tu também!
Lá lá lá lá lá!!!"
Just like a woman...
"Nobody feels any pain
Tonight as I stand inside the rain
Ev'rybody knows
That Baby's got new clothes
But lately
I see her ribbons and her bows
Have fallen from her curls.
She takes just like a woman, yes, she does
She makes love just like a woman, yes, she does
And she aches just like a woman
But she breaks just like a little girl."
Bob Dylan
Tonight as I stand inside the rain
Ev'rybody knows
That Baby's got new clothes
But lately
I see her ribbons and her bows
Have fallen from her curls.
She takes just like a woman, yes, she does
She makes love just like a woman, yes, she does
And she aches just like a woman
But she breaks just like a little girl."
Bob Dylan
Thursday, December 07, 2006
Eu Queria...
Nasci para a nostalgia... Não se pode ter todo o passado nem todas as pessoas que fizeram parte das nossas vidas, mas eu queria mesmo muito que isso fosse possível!
Hoje sinto-me deprimida por não poder todas as pessoas que gostaria ao pé de mim.
Já que estamos em altura de pedir coisas, eu quero pedir ao menino Jesus todas as pessoas de quem sinto saudades...
Oh :(
Hoje sinto-me deprimida por não poder todas as pessoas que gostaria ao pé de mim.
Já que estamos em altura de pedir coisas, eu quero pedir ao menino Jesus todas as pessoas de quem sinto saudades...
Oh :(
Saturday, November 25, 2006
!O Retrato de Dorian Gray", de Oscar Wilde
Esta tarde, como qualquer outra tarde em que nada tinha para fazer comecei a pensar em todos os livros que li (ou quase todos porque há sempre algum que me escapa) e lembrei-me de um dos meus livros favoritos de sempre... "O Retrato de Dorian Gray", foi então que me apercebi, que tinha sem dúvida alguma que lhe dedicar um post no meu blog!
Num luxuoso atelier, onde Basil Hallward, um reconhecido pintor, e Lord Henry Wotton, um homem com um especial apreço pela ironia, conversam sobre um retrato. Lord Henry exige a Basil que exponha aquela que considera ser a sua obra-prima. O pintor recusa-se e diz que pôs no quadro demasiado de si mesmo. “Todo o retrato pintado com sentimento é um retrato do artista e não do modelo. ”Obcecado pela beleza dionisíaca do jovem Dorian Gray, que conhece numa festa da alta-sociedade londrina em casa de Lady Agatha, Basil Hallward faz dele seu modelo. Nas várias sessões em que Dorian pousa para Basil desenvolve-se entre os dois uma amizade que coloca o artista numa posição de extrema fragilidade. Basil está fascinado pelo perturbador Dorian que, por sua vez, se deixa envolver pelo olhar cínico e irónico de Lord Henry Wotton, o mesmo que define a beleza como uma forma de génio.
Confrontado com a beleza do seu retrato e a impossibilidade de a manter para sempre, Dorian promete a sua alma em troca da juventude eterna. Ao longo do romance, o quadro passa de retrato a duplo de Dorian, já que nele se inscrevem todas as marcas que o tempo e o comportamento deviam deixar no homem – é o retrato que envelhece, enquanto Dorian conserva os traços perfeitos que Basil inicialmente fixou.
“O Retrato de Dorian Gray” é uma obra em que Oscar Wilde confronta o leitor com a perfeição impossível, as convenções dispensáveis ou a mortalidade inevitável. Sempre com um tom provocador. “Toda a arte é inútil.”
E mais fica por contar... Porque vale mesmo a pena lê-lo!
Num luxuoso atelier, onde Basil Hallward, um reconhecido pintor, e Lord Henry Wotton, um homem com um especial apreço pela ironia, conversam sobre um retrato. Lord Henry exige a Basil que exponha aquela que considera ser a sua obra-prima. O pintor recusa-se e diz que pôs no quadro demasiado de si mesmo. “Todo o retrato pintado com sentimento é um retrato do artista e não do modelo. ”Obcecado pela beleza dionisíaca do jovem Dorian Gray, que conhece numa festa da alta-sociedade londrina em casa de Lady Agatha, Basil Hallward faz dele seu modelo. Nas várias sessões em que Dorian pousa para Basil desenvolve-se entre os dois uma amizade que coloca o artista numa posição de extrema fragilidade. Basil está fascinado pelo perturbador Dorian que, por sua vez, se deixa envolver pelo olhar cínico e irónico de Lord Henry Wotton, o mesmo que define a beleza como uma forma de génio.
Confrontado com a beleza do seu retrato e a impossibilidade de a manter para sempre, Dorian promete a sua alma em troca da juventude eterna. Ao longo do romance, o quadro passa de retrato a duplo de Dorian, já que nele se inscrevem todas as marcas que o tempo e o comportamento deviam deixar no homem – é o retrato que envelhece, enquanto Dorian conserva os traços perfeitos que Basil inicialmente fixou.
“O Retrato de Dorian Gray” é uma obra em que Oscar Wilde confronta o leitor com a perfeição impossível, as convenções dispensáveis ou a mortalidade inevitável. Sempre com um tom provocador. “Toda a arte é inútil.”
E mais fica por contar... Porque vale mesmo a pena lê-lo!
Tuesday, November 21, 2006
Friday, November 17, 2006
Perfect Day (Lou Reed)
Just a perfect day
Drinks and grey eye in the park
And later when it gest dark we go home
Just a perfect day
Feed animals in the zoo
Then later a movie to and then home
Oh its such a perfect day
I'm glad I spend it with you
Oh such perfect day
You just keep me hanging on
You just keep me hanging on
Just a perfect day
Problems all left alone
Weekenders on our own
Its such fun
Just a perfect day
You made me forget myself
I thought I was someone else someone good
Oh its such a perfect day
I'm glad I spend it with you
Oh such perfect day
You just keep me hanging on
You just keep me hanging on
You're going to reap just what you sow
You're going to reap just what you sow
You're going to reap just what you sow
You're going to reap just what you sow
Drinks and grey eye in the park
And later when it gest dark we go home
Just a perfect day
Feed animals in the zoo
Then later a movie to and then home
Oh its such a perfect day
I'm glad I spend it with you
Oh such perfect day
You just keep me hanging on
You just keep me hanging on
Just a perfect day
Problems all left alone
Weekenders on our own
Its such fun
Just a perfect day
You made me forget myself
I thought I was someone else someone good
Oh its such a perfect day
I'm glad I spend it with you
Oh such perfect day
You just keep me hanging on
You just keep me hanging on
You're going to reap just what you sow
You're going to reap just what you sow
You're going to reap just what you sow
You're going to reap just what you sow
(...)
Caminho sem percurso, penso se vou por ali ou se por além, escuto à volta e algo me diz para não ir, mas de repente nasce a esperança imposta pelo que me rodeia e surge-me um "hey baby talk a walk on the wild side".
Wednesday, November 15, 2006
Praia da Marinha
Pensamentos Ociosos
"Devemos acreditar que temos um dom para alguma coisa e que, custe o que custar, havemos de consegui-la."
Marie Curie
Marie Curie
Pensamentos Ociosos
"O único sitio onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário."
Albert Einstein
Albert Einstein
Tuesday, November 14, 2006
HOJE É O DIA D!
HOJE VOU CONSEGUIR! COM TODAS AS MINHAS FORÇAS HOJE VOU CONSEGUIR!!! UM BOCADINHO DE SORTE E OUTRO DE ESTUPIDEZ NATURAL... VOU LÁ... CHEGO LÁ!
Monday, November 13, 2006
Saudosismo
Sou tão saudosa!!! Sou a pessoa mais saudosa que conheço! Mal de família pela certa, mas ninguém o é tanto como eu... Por vezes até tenho saudades do que nunca vivi... Será normal?!?!? A culpa é do Pessoa!
Saturday, November 11, 2006
Bob Dylan, o homem que se tornou mito!
Em 1961, Enquanto o americano John Kennedy se assumia como presidente dos Estados Unidos.
Enquanto o artista pop por excelência, Andy Warhol criava a sua famosa obra usando as latas de sopa Campbell como tema.
Enquanto os Beatles ensaiavam ser uma banda famosa com algumas pequenas excursões pela Europa.
Enquanto tudo isso e mais uma imensidão de coisas aconteciam pelo mundo.
Robert Allen Zimmerman chegava a Nova York ,vindo do interior dos Estados Unidos, destinado a inventar um dos maiores artistas do século XX - Bob Dylan.
Nascido em 1941, na cidade de Duluth, Minnesota, Estados Unidos, Dylan desde cedo demonstrou inclinação para a música. Com dez anos de idade já escrevia pequenos poemas e começou a aprender sozinho a tocar piano e guitarra.
Em 1963, com The Freewheelin Bob Dylan, ganha destaque internacional e a música 'Blowin in the Wind' é considerada uma de suas principais composições.
No ano seguinte lança The Times They are A-Changin, que leva Bob Dylan a ser um dos principais cantores e compositores da sua geração. A música, que leva o mesmo título do álbum tem um forte teor de protesto, como a maioria das suas letras, e torna-se uma das músicas mais ouvidas dos turbulentos anos 60. Ainda no mesmo ano sai Another Side of Bob Dylan outro incontornável sucesso.
O ano de 1965 foi paradoxal para o artista. Os dois álbuns deste ano, Bringing it all Back Home e Highway 61 Revisited são considerados pela crítica como obras-primas de Dylan, no entanto é duramente criticado pelas canções não serem acústicas, o que fez com que o músico se afastasse do folk tradicional e se aproximasse do rock tradicional, o rock pop. Começou a ser chamado até de traidor, pela ala mais radical do género que não aceitava esta mudança. Apesar de tudo, Like a Rolling Stone, do álbum Highway 61 Revisited, tornou-se a principal música de Dylan, sendo um dos maiores sucessos da época. O sucesso que pode ser atribuído talvez pelo facto da canção retratar a sociedade da sua época, em tom de crítica, claro. O nome e a inspiração para a música vieram de uma frase do célebre bluesman Muddy Waters, que dizia que "pedras que rolam, não criam limo" incentivando no ser humano o desejo de eterna mudança e renovação. Em 2004, a música encabeçou a lista das 500 melhores canções de todos os tempos, feita pela respeitada revista, ironicamente baptizada de Rolling Stone, também em homenagem à música e à frase.
Bob Dylan alcança o auge da sua fama. Os críticos adoram-no, os fãs idolatram-no. Muitos chamam-no de "porta voz da juventude rebelde americana", rótulo que ele não apenas rejeita, mas que trata com desprezo e indignação, pelo desejo constante de nunca querer ser modelo de nada para ninguém. Em julho de 1966 o cantor sofre um acidente ficando afastado dos palcos por um período. Hoje sabemos que Bob usou o acidente como desculpa para se afastar do cenário musical por um tempo, pois estava aborrecido. Recomposto do seu acidente, Bob Dylan volta ao activo. John Wesley Harding (1967), New Morning (1970) são mais dois fantásticos trabalhos do artista. No disco Pat Garrett and Billy the Kid (1973) está uma das suas principais composições, "Knockin' on Heaven's Door", regravada por dezenas de artistas, entre eles Eric Clapton e Guns N' Roses.
Em Desire (1976) Bob Dylan volta afiado com as suas letras/protestos. A música "Hurricane" mostra toda a sua indignação e inconformidade em relação à prisão do inocente Robin 'Hurricane' Carter, boxeador vítima do racismo de polícias corruptos. Apesar da música e de diversas manifestações de apoio, Hurricane ficou trinta anos na cadeia.
Desire, assim como dois de seus sucessores, Slow Train Coming (1979) e Infidels (1983) foram produzidos pelo guitarrista e líder da banda Dire Straits, Mark Knopfler. Em 1988 o músico entrou no Rock 'n' Roll Hall of Fame, ou "Calçada da Fama do Rock 'n' Roll", espaço reservado para grandes nomes da música.
Sobrevivendo à década de 80, inicia a de 90 com o álbum Under the Red Sky. No ano seguinte recebe um Grammy pelo conjunto da sua obra. Lança em 1992 Good as I Been to You, em 1993 World Gone Wrong e em 95, o aguardado acústico MTV Unplugged. Termina a década com mais alguns lançamentos e trabalhos ao vivo, além de compilações. O seu último trabalho inédito foi em 2001, Love and Theft.
Além de hábil músico, Dylan é também escritor. Em 2004 lançou o primeiro livro da trilogia da sua autobiografia, Chronicles. O poeta diz que teve dificuldades para escrever as suas memórias: "Não sei como alguém consegue fazer isso como trabalho", declarou a um jornal norte-americano. Já publicou livros de poemas, como Tarântula, em 1971. Também ganhou título de doutor honoris causa da Universidade St. Andrews, Escócia e em Princeton, Estados Unidos.
Génio para uns, polémico para outros, de personalidade forte e oscilante e com um talento incomparável, o facto é que Bob Dylan não apenas marcou o seu nome na história da música, mas também na história da sociedade em geral. A música foi o instrumento com o qual demonstrou a sua ira diante a humanidade e o mundo. Para a música: Bob Dylan.
Thursday, November 09, 2006
Eu, o Bob, o Tinto e a Selva
Sim... Hoje, decididamente vou ouvir Bob Dylan acompanhada do meu copo de vinho tinto! Ambos fazem bem à alma e à sanidade mental! Não percebo muito bem porque é que certas coisas me acontecem, no entanto, se acontecem é porque de alguma forma as procurei. A vida é uma selva com monstros muito estranhos... e se não fosse o Dylan e a Tinto hoje estava no meio deles!
Blowing in the Wind
How many roads
must a man walk down
Before they call him a man
How many seas must a white dove sail
Before she sleeps in the sand
How many times must the cannonballs fly
Before they are forever banned
The answer, my friend, is blowing in the wind
The answer is blowing in the wind
How many years must a mountain exist
Before it is washed to the sea
How many years can some people exist
Before they're allowed to be free
How many times can a man turn his head
And pretend that he just doesn't seeT
he answer, my friend, is blowing in the wind
The answer is blowing in the wind
How many times must a man look up
Before he can see the sky
How many years must one man have
Before he can hear people cry
How many deaths will it take till he knows
That too many people have died
The answer, my friend, is blowing in the wind
The answer is blowing in the wind
How many roads
must a man walk down
Before they call him a man
How many seas must a white dove sail
Before she sleeps in the sand
How many times must the cannonballs fly
Before they are forever banned
The answer, my friend, is blowing in the wind
The answer is blowing in the wind
How many years must a mountain exist
Before it is washed to the sea
How many years can some people exist
Before they're allowed to be free
How many times can a man turn his head
And pretend that he just doesn't seeT
he answer, my friend, is blowing in the wind
The answer is blowing in the wind
How many times must a man look up
Before he can see the sky
How many years must one man have
Before he can hear people cry
How many deaths will it take till he knows
That too many people have died
The answer, my friend, is blowing in the wind
The answer is blowing in the wind
Wednesday, November 08, 2006
Já não há pachorra...
Já não há pachorra para a D. Odete Santos e muito menos para a aturar nos programas da Sic Notícias a falar da questão do Aborto... Arrre!!!
Tuesday, November 07, 2006
Série 24
Série norte-americana de culto e vencedora de um Emmy, 24 é um dos produtos televisivos com mais êxito no mundo.
A sua originalidade advém do facto de a acção de cada série de episódios decorrer ao longo de 24 horas, correspondendo cada episódio a 60 minutos de tempo real. Protagonizada por Kiefer Sutherland, 24 é um thriller de acção e suspense, produzida pela Twentieth Century Fox Television que já conta com cinco temporadas, esperando-se a sexta para o início de 2007.
Cada série retrata algum tipo de atentado contra os Estados Unidos e Jack Bauer (Kiefer Sutherland) juntamente com a sua equipa de agentes da CTU (Counter Terrorist Unit), tudo irão fazer para terminar com as ameaças... até mesmo perder a vida...
Tuesday, October 31, 2006
Hoje estou assim...
125 Azul
Foi sem mais nem menos
Que um dia selei a 125 azul
Foi sem mais nem menos
Que me deu para abalar sem destino nenhum
Foi sem graça nem pensando na desgraça
Que eu entrei pelo calor
Sem pendura que a vida já me foi duraP'ra insistir na companhia
O tempo não me diz nada
Nem o homem da portagem na entrada da auto-estrada
A ponte ficou deserta nem sei mesmo se Lisboa
Não partiu para parte incerta
Viva o espaço que me fica pela frente e não me deixa recuar
Sem paredes, sem ter portas nem janelas
Nem muros para derrubar
Talvez um dia me encontre
Assim hmm talvez me encontre
Curiosamente dou por mim pensando onde isto me vai levar
De uma forma ou outra há-de haver uma hora para a vontade de parar
Só que à frente o bailado do calor vai-me arrastando para o vazio
E com o ar na cara, vou sentindo desafios que nunca ninguém sentiu
Talvez um dia me encontre
Assim talvez me encontre
Entre as dúvidas do que sou e onde quero chegar
Um ponto preto quebra-me a solidão do olhar
Será que existe em mim um passaporte para sonhar
E a fúria de viver é mesmo fúria de acabar
Foi sem mais nem menos
Que um dia selou a 125 azul
Foi sem mais nem menos
Que partiu sem destino nenhum
Foi com esperança sem ligar muita importância àquilo que a vida quer
Foi com força acabar por se encontrar naquilo que ninguém quer
Mas Deus leva os que ama
Só Deus tem os que mais ama
Trovante 1987
Foi sem mais nem menos
Que um dia selei a 125 azul
Foi sem mais nem menos
Que me deu para abalar sem destino nenhum
Foi sem graça nem pensando na desgraça
Que eu entrei pelo calor
Sem pendura que a vida já me foi duraP'ra insistir na companhia
O tempo não me diz nada
Nem o homem da portagem na entrada da auto-estrada
A ponte ficou deserta nem sei mesmo se Lisboa
Não partiu para parte incerta
Viva o espaço que me fica pela frente e não me deixa recuar
Sem paredes, sem ter portas nem janelas
Nem muros para derrubar
Talvez um dia me encontre
Assim hmm talvez me encontre
Curiosamente dou por mim pensando onde isto me vai levar
De uma forma ou outra há-de haver uma hora para a vontade de parar
Só que à frente o bailado do calor vai-me arrastando para o vazio
E com o ar na cara, vou sentindo desafios que nunca ninguém sentiu
Talvez um dia me encontre
Assim talvez me encontre
Entre as dúvidas do que sou e onde quero chegar
Um ponto preto quebra-me a solidão do olhar
Será que existe em mim um passaporte para sonhar
E a fúria de viver é mesmo fúria de acabar
Foi sem mais nem menos
Que um dia selou a 125 azul
Foi sem mais nem menos
Que partiu sem destino nenhum
Foi com esperança sem ligar muita importância àquilo que a vida quer
Foi com força acabar por se encontrar naquilo que ninguém quer
Mas Deus leva os que ama
Só Deus tem os que mais ama
Trovante 1987
Praia dos Caneiros
Ah que saudades da "nossa" praia...
Hoje acordei com uma saudade tão grande do Algarve e do quanto sou feliz quando lá estou!
Aquela deliciosa rotina de acordar tarde, descer à praia e beber um café a escaldar de pé para não demorar muito (pois quero sempre o Sol só para mim), aquele intercalar de mar e toalha... Os meus "guinchos" na água a tropeçar na areia... oh!!!
A brisa do mar no rosto, o odor do campestre com a maresia na Torre da Marinha...
(..) é tudo o que me faz querer voltar..."
E como diria o outro, ali vou ser Feliz!!!
FERNANDO PESSOA (1888 - 1935)
QUANDO TUDO ACONTECEU...
1888: Nasce Fernando António Nogueira Pessoa, em Lisboa. - 1893: Perde o pai. - 1895: A mãe casa-se com o comandante João Miguel Rosa. Partem para Durban, África do Sul. - 1904: Recebe o Prémio Queen Memorial Victoria, pelo ensaio apresentado no exame de admissão à Universidade do Cabo da Boa Esperança. - 1905: Regressa sozinho a Lisboa. - 1912: Estreia-se na Revista Águia. - 1915: Funda, com alguns amigos, a revista Orpheu. - 1918/21: Publicação dos English Poems. - 1925: Morre a mãe do poeta. - 1934: Publica Mensagem. - 1935: Morre de complicações hepáticas em Lisboa.
VOLTA AMANHÃ, REALIDADE
Lisboa. 26 de Novembro de 1935. Pessoa encerra o expediente no escritório de import-export e segue para casa. Debaixo do braço, sempre a sua pasta de cabedal. Antes de chegar ao seu andar na rua Coelho da Rocha, passa pelo bar do Trindade, logo na esquina. Rotina. O amigo vende-lhe fiado. Chega-se ao balcão e diz:
- 2, 8 e 6.
Trindade serve-o: fósforos, um maço de cigarros e um cálice de aguardente. No olhar, cumplicidade. Os fósforos custam 20 centavos, os cigarros 80 e um cálice de aguardente 60. Pessoa simplifica: 2, 8, e 6 tostões. Trindade já está acostumado. O poeta acende um cigarro e bebe o cálice, um trago só. Retira da pasta uma garrafa vazia, preta. Entrega-a ao Trindade que, discretamente, a devolve cheia. Com a pretinha bem guardada, Pessoa despede-se. Sai aos tropeções e a recitar:
Bêbada branqueia
Como pela areia
Nas ruas da feira,
Da feira deserta,
Na noite já cheia
De sombra entreaberta.
A lua branqueia
Nas ruas da feira
Deserta e incerta...
1888: Nasce Fernando António Nogueira Pessoa, em Lisboa. - 1893: Perde o pai. - 1895: A mãe casa-se com o comandante João Miguel Rosa. Partem para Durban, África do Sul. - 1904: Recebe o Prémio Queen Memorial Victoria, pelo ensaio apresentado no exame de admissão à Universidade do Cabo da Boa Esperança. - 1905: Regressa sozinho a Lisboa. - 1912: Estreia-se na Revista Águia. - 1915: Funda, com alguns amigos, a revista Orpheu. - 1918/21: Publicação dos English Poems. - 1925: Morre a mãe do poeta. - 1934: Publica Mensagem. - 1935: Morre de complicações hepáticas em Lisboa.
VOLTA AMANHÃ, REALIDADE
Lisboa. 26 de Novembro de 1935. Pessoa encerra o expediente no escritório de import-export e segue para casa. Debaixo do braço, sempre a sua pasta de cabedal. Antes de chegar ao seu andar na rua Coelho da Rocha, passa pelo bar do Trindade, logo na esquina. Rotina. O amigo vende-lhe fiado. Chega-se ao balcão e diz:
- 2, 8 e 6.
Trindade serve-o: fósforos, um maço de cigarros e um cálice de aguardente. No olhar, cumplicidade. Os fósforos custam 20 centavos, os cigarros 80 e um cálice de aguardente 60. Pessoa simplifica: 2, 8, e 6 tostões. Trindade já está acostumado. O poeta acende um cigarro e bebe o cálice, um trago só. Retira da pasta uma garrafa vazia, preta. Entrega-a ao Trindade que, discretamente, a devolve cheia. Com a pretinha bem guardada, Pessoa despede-se. Sai aos tropeções e a recitar:
Bêbada branqueia
Como pela areia
Nas ruas da feira,
Da feira deserta,
Na noite já cheia
De sombra entreaberta.
A lua branqueia
Nas ruas da feira
Deserta e incerta...
Hoje decidi criar um Blog...
Hoje decidi que queria ter um Blog! Poderiam existir inúmeras formas de o começar, mas como não sei muito bem o que escrever, nem do que falar em primeiro lugar (são imensos os temas), decidi não dizer nada...Talvez seja uma forma de voltar a escrever sobre tudo o que me apetece e me dá vontade todos os dias, sobre tudo o que trago e guardo no lado esquerdo da alma, mas que por uma razão ou outra não o faço.
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